sábado, novembro 26, 2011

FOGO AMIGO: O MAIOR DESAFIO DE EVO MORALES


Por Luiz Eça

Quando assumiu a Presidência em 2005, Evo Morales, o primeiro índio a ocupar esse cargo, a Bolívia era o país mais pobre da América Latina.
Ele está no poder desde então. E veja o que aconteceu na Bolívia.
Em 2009, o pior ano da crise mundial, foi o país que mais cresceu na América Latina: 3,8%.
Em maio de 2007, o orçamento público apresentou superávit. Fato inédito desde 1940.
A renda per capita aumentou de 3.600 dólares, em 2005, para 4.800 em 2010. E a população abaixo do nível da pobreza passou de 64%, em 2004, a 30%, em 2011.
No mesmo período, o desemprego caiu: de 12% para cerca de 6%.
Hoje, 90% da população é alfabetizada.
Para conseguir esses resultados, Morales realizou uma verdadeira revolução. Ele nacionalizou os hidrocarbonetos, a maior riqueza boliviana, forçando as empresas estrangeiras a aceitarem o Estado como sócio, além de aumentar os impostos do setor. Com isso, elevou substancialmente os rendimentos do estado, dando condições para a promoção de uma ampla gama de programas sociais.
Mas a maior revolução foi transformar a Bolívia numa democracia pluriracial, garantindo uma série de direitos às comunidades indígenas, antes excluídas pelo Estado racista, inclusive autonomia em diversas situações.