Intempestivo... Que vem em tempo
inconveniente; Inoportuno; Inopinado...
O pensamento de esquerda, desde o colapso da
economia socialista, vem convivendo com o estigma do inoportuno, do anacrônico,
do intempestivo. O cenário econômico contemporâneo coloca novamente na ordem do
dia todo um discurso que durante anos fizeram questão de emudecer, mas que
agora, não mais conseguindo silenciá-lo, brada e ecoa por todos os cantos do
planeta na forma de um intenso NÃO a toda essa ordem econômica estabelecida.
A recente crise econômica, que hoje abala o centro
financeiro mundial, é o símbolo máximo da falência deste sistema. No entanto,
este não cairá por si só. A construção de uma alternativa viável perpassa todo
um complexo conjunto de estruturas que somente nós, enquanto atores sociais,
temos condições de planejar, articular e executar.
No cenário nacional vivemos um momento de euforia.
A inflexão à esquerda dos Governos Lula-Dilma dá sinais de uma recuperação do
crescimento econômico sob uma lógica contrária à tese da eficiência dos
mercados, bem como a de seu autocontrole. Agora o Estado assume um papel
protagonista no desenvolvimento econômico e social. Contudo, esse papel vem
sendo desempenhado sem um objetivo finalístico, qual seja, a implantação de uma
sociedade socialista. Mesmo com os avanços alcançados, esse governo encontra-se
estagnado no que concerne às reformas necessárias para a implantação desse novo
projeto.
A proposta de O
Intempestivo é justamente trazer em um momento “inconveniente, inoportuno”
uma discussão há algum tempo adormecida e reunir o que há de mais avançado no
pensamento de esquerda, de forma a que esse possa ganhar a concretude
necessária para uma práxis
transformadora, e romper o pragmatismo de gabinete instalado em muitos governos
de esquerda que, por uma série de motivos, vem se desviando de suas bases e de
seus compromissos históricos.
Iremos trabalhar com opiniões, análises de
conjuntura nacional e internacional, divulgação de eventos e artigos
científicos, bem como notícias envolvendo o mundo da Economia e Política, sempre
numa perspectiva de esquerda.
Tudo isso porque acreditamos que a atualidade do
pensamento de esquerda deve sempre ser demonstrada não somente através de suas
profundas e ricas análises críticas que, muitas vezes, não conseguem alcançar
uma dimensão prática ou através da redução a um praticismo revolucionário que
fragmenta o debate e não consegue articular dialeticamente a unidade da
diversidade. Reconstruir a dialética entre esses dois momentos é imperativo!
Convidamos tod@s a fazerem parte deste espaço de
construção e discussão! Afinal, como já dizia o velho barbudo: “Os comunistas
não se rebaixam a dissimular
suas opiniões
e seus fins.
Proclamam abertamente que seus objetivos só
podem ser alcançados pela
derrubada violenta
de toda a ordem
social existente. Que
as classes dominantes
tremam à idéia de uma revolução comunista!
Os proletários nada
têm a perder nela a não
ser suas algemas.
Têm um mundo
a ganhar.
PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES,
UNI-VOS!”