segunda-feira, dezembro 26, 2011

DINÂMICA DO EMPREGO INDUSTRIAL NO BRASIL ENTRE 1990 E 2009: UMA VISÃO REGIONAL DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO

Por IPEA





O presente trabalho busca analisar o processo de desindustrialização segundo uma ótica regional. A perda da importância da Indústria de Transformação tanto no valor adicionado do Produto Interno Bruto PIB como no total do emprego não é neutra em termos espaciais. A partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), em uma desagregação geográfica do nível de microrregiões, encontramos evidência de uma desconcentração industrial. O ganho de relevância industrial de algumas microrregiões, no entanto, parece estar condicionado a um maior volume de emprego em indústrias menos avançadas tecnologicamente, evidenciando que apesar de as regiões industriais consolidadas terem perdido importância, no geral elas continuam liderando o país quando se considera o conteúdo tecnológico das indústrias.

DOWNLOAD do trabalho aqui

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Selic e Gastos Públicos com Juros: A taxa básica que cada vez menos baliza


Por Fundap



     O primeiro artigo publicado na série Estudos Fundap, intitulado de "Selic e Gastos Públicos com Juros:  A taxa básica que cada vez menos baliza", trata a questão do descolamento entre a taxa Selic e os gastos com juros da dívida pública do setor público brasileiro. 
Parte-se da constatação de que até 2010 a Selic caiu em ritmo muito mais rápido do que diminuiu o gasto com juros – em especial, no âmbito da política de combate à crise financeira global. No sentido inverso, assim que a taxa voltou a subir para combater pressões inflacionárias, os correspondentes gastos em 2011 cresceram mais rápido.

terça-feira, dezembro 06, 2011

A Miséria do “Novo Desenvolvimentismo” por José Luís Fiori


O cientista político José Luís Fiori escreveu artigo provocativo a respeito do “Novo Desenvolvimentismo“, marca lançada pela FGV-SP. Como o lançamento da Rede dos Desenvolvimentistas, espera-se que o debate entre desenvolvimentistas se volte contra as ideias conservadoras. Reproduzo o artigo abaixo
“O capitalismo só triunfa quando se identifica com o estado, quando é o estado”
              Fernand Braudel, “O Tempo do Mundo”, Editora Martins Fontes, SP, p: 34
________________________
O “debate desenvolvimentista” latino-americano não teria nenhuma especificidade se tivesse se reduzido a uma discussão macroeconômica entre “ortodoxos”, neoclássicos ou liberais, e “heterodoxos”, keynesianos ou estruturalistas. Na verdade, ele não teria existido se não fosse por causa do Estado, e da discussão sobre a eficácia ou não da intervenção estatal, para acelerar o crescimento econômico, por cima das “leis do mercado”.

Entrevista da Professora Conceição Tavares




Em entrevista exclusiva à Carta Maior, realizada pela excelente jornalista, Maria Inês Nassif, a professora Maria da Conceição Tavares defende que o dinheiro do petróleo das reservas do pré-sal seja investido num fundo destinado à Educação e Saúde, mas desde que o governo federal seja o gestor dessas políticas. Ela propõe ainda uma revisão do generoso municipalismo instituído pela Constituição de 1988. “Veja o que os municípios que ganharam royalties fizeram com o dinheiro. Nada”, afirma.
A economista Maria da Conceição Tavares tem 81 anos e adquiriu o direito de falar tudo o que pensa. E está longe de fazer isso com moderação. Na última segunda, em seminário promovido pelas fundações Perseu Abramo, do PT, Leonel Brizola, do PDT, Maurício Grabois, do PCdoB e João Mangabeira, do PSB, ela estava na primeira mesa, debatendo a crise mundial e os caminhos para o Brasil nesse momento histórico conturbado, que atingiu em cheio os países mais ricos. Com um pequeno intervalo para o almoço, foi para a primeira fila da plateia, com direito a intervir quando achava necessário nas exposições dos que a sucederam – muitos deles, seus ex-alunos na Unicamp, como Ricardo Carneiro e Marcio Pochmann.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Inside Job



Confira aqui na íntegra o documentário que marcou 2010 ao levar a público as estreitas e perniciosas relações entre economistas e a crise nos EUA e Europa. Escrito e dirigido por Charles Ferguson, Inside Job revela como diversos grupos se envolveram profundamente com a expansão e ascensão dos mercados financeiros, em diversos países afora. Ferguson realizou um excelente trabalho investigativo, recheado de entrevistas interessantes, a fim de elucidar algumas das causas da crise econômica atual.

Confiram o trailer:



Confiram o vídeo completo aqui.

sábado, dezembro 03, 2011

Debate Keynes vs Hayek


Os vídeos do debate “Keynes versus Hayek e a crise internacional”, realizado em 16/11/2011 na Academia Brasileira de Letras, tendo como palestrantes Jennnifer Hermann, Luiz Fernando de Paula, Rodrigo Constantino e Roberto Castello Branco podem ser vistos em:


PARTE 1: 

PARTE 2: 

PARTE 3:

sábado, novembro 26, 2011

FOGO AMIGO: O MAIOR DESAFIO DE EVO MORALES


Por Luiz Eça

Quando assumiu a Presidência em 2005, Evo Morales, o primeiro índio a ocupar esse cargo, a Bolívia era o país mais pobre da América Latina.
Ele está no poder desde então. E veja o que aconteceu na Bolívia.
Em 2009, o pior ano da crise mundial, foi o país que mais cresceu na América Latina: 3,8%.
Em maio de 2007, o orçamento público apresentou superávit. Fato inédito desde 1940.
A renda per capita aumentou de 3.600 dólares, em 2005, para 4.800 em 2010. E a população abaixo do nível da pobreza passou de 64%, em 2004, a 30%, em 2011.
No mesmo período, o desemprego caiu: de 12% para cerca de 6%.
Hoje, 90% da população é alfabetizada.
Para conseguir esses resultados, Morales realizou uma verdadeira revolução. Ele nacionalizou os hidrocarbonetos, a maior riqueza boliviana, forçando as empresas estrangeiras a aceitarem o Estado como sócio, além de aumentar os impostos do setor. Com isso, elevou substancialmente os rendimentos do estado, dando condições para a promoção de uma ampla gama de programas sociais.
Mas a maior revolução foi transformar a Bolívia numa democracia pluriracial, garantindo uma série de direitos às comunidades indígenas, antes excluídas pelo Estado racista, inclusive autonomia em diversas situações. 

quinta-feira, novembro 24, 2011

Trabalho, Alienação e Emancipação: A Educacação em Mészáros

     Por Aquiles Melo 
 
   Aproveitamos esse espaço para divulgar a dissertação de Caio Sgarb Antunes, intitulada Trabalho, Alienação e Emancipação: A Educacação em Mészáros (ou aqui) e apresentada no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Seu trabalho versa sobre a concepção da Educação em Mészáros a partir de três obras deste autor.

Segundo afirma,

"[...] se a plenitude humana coincide com a atividade vital do ser humano, ao ser desta separado, pelo trabalho alienado, do ser humano é ontologicamente retirada a possibilidade de uma existência humana, sendo a ele, por isso, imposta uma existência cada vez mais alienada, cada vez mais reificada, cada vez mais desumana."



terça-feira, novembro 22, 2011

A crise na Europa e a saída antidemocrática


Por Aquiles Melo

“It has produced a political and institutional crisis because the model of (non) resolution of the crises that has been imposed entails, de facto, the transfer of real sovereignty from democratically elected Parliaments and governments to international financial markets, with or without the cosmetic mediation of intermediaries with more democratic legitimacy, as is the case with EU institutions.


     Os professores Jorge Garcia-Arias, Eduardo Fernandez-Huerga e Ana Salvador, todos ligados à rede Research on Money and Finance publicaram em setembro desse ano um excelente artigo sobre a crise na Europa e as consequências para os modelos de democracia adotados para sua superação. Intitulado de European Periphery Crises, International Financial Markets, and Democracy: Moving Towards a Globalized Neofeudalism?, esse artigo relaciona os (des)caminhos  das políticas econômicas adotadas na UE e as alternativas antidemocráticas adotadas pelos governantes.

segunda-feira, novembro 21, 2011

Luiz Gonzaga Belluzzo e a Ontologia do Ser Social de Lukács

Compartilho interessante texto do Professor de Economia da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzzo que será tema de palestra a se realizar no dia 23/11/2011, ás 14:00 horas no auditório do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas: Capitulo IV O Capital como Ontologia do Ser Social.


Novo relatório do grupo Research on Money and Finance analisa crise da Zona do Euro


     Acaba de sair mais um número dos relatórios do  RMF – RESEARCH ON MONEY AND FINANCE  sobre a crise na Europa. Ligado ao Departamento de Economia da Escola de Estudos Orientais e Africanos (School of Oriental and African Studies) da Universidade de Londres, este grupo congrega uma rede de pesquisadores que estudam e analisam as transformações do sistema monetário e financeiro mundial.
    


    Formado principalmente por marxistas como Costas Lapavitsas, Paulo L dos Santos , Diego Guerrero, Makoto Itoh, Juan Pablo Paincera, além de outros importantes pesquisadores, esse grupo contraria o mainstream financial economics e objetiva contribuir com idéias que possam transformar o sistema monetário e financeiro internacional a favor da classe trabalhadora. Seu princípio orientador é que a provisão pública e coletiva deve dar lugar ao mau funcionamento dos mecanismos privados e individuais de dinheiro e finanças. Sem medo de errar, dentro da economia política marxista, esse grupo possui os estudos mais aprofundados da área, trazendo sempre novidades em teoria econômica, economia política internacional e macroeconomia marxista. Disponibilizarei posteriormente vários artigos desse grupo na nossa parte de publicações. Aguardem.  

     O primeiro relatório de Março de 2010 intitula-se EUROZONE CRISIS: BEGGAR THYSELF AND THY NEIGHBOUR e trata das causas da crise da Zona do Euro, bem como de políticas alternativas.

     No segundo relatório de Setembro de 2010 e intitulado The Eurozone Between Austerity and Default os teóricos aprofundam as análises da crise da Zona do Euro.

    No terceiro e mais recente relatório, Novembro de 2011, os autores já trabalham com uma análise propositiva para a saída da crise atual. Com título sugestivo: Breaking Up? A Route Out of the Eurozone Crisis esse relatório aponta alternativas a serem adotadas pelos países em crise que contrariam a lógica ortodoxa da economia. Para essa saída, necessário seria: “adotar um amplo programa econômico e social, incluindo controles e redistribuição de capitais, uma política industrial, e uma profunda reestruturação do Estado. O objetivo seria alterar o equilíbrio de poder em favor do trabalho, ao mesmo tempo colocando o país no caminho do crescimento sustentável e baixo desemprego. Não menos importante, a independência nacional  também seria protegida.

quinta-feira, novembro 17, 2011

Ermínia Maricato - Nossas cidades estão ficando inviáveis

Do Portal do IPEA


Perfil
Professora titular aposentada da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), Ermínia foi Secretária Executiva do Ministério das Cidades, entre 2002 e 2005. Lá foi coordenadora técnica da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano. Trazia na bagagem a experiência de ter comandado a Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano do município de São Paulo, entre 1989 e 2002, no governo Luíza Erundina. Foi também autora de todas as propostas para a área urbana das candidaturas de Lula a presidência, entre 1989 e 2002. Mais recentemente, exerceu o cargo de conselheira do Habitat, programa das Nações Unidas para assentamentos humanos.
Natural de Santa Ernestina, cidadezinha próxima a Araraquara, ela chegou a estudar Química Industrial no segundo grau e a iniciar a Faculdade de Física, na USP. “Eu tinha uma cabeça boa para matemática”, conta ela, acostumada a lidar com números e indicadores durante toda a vida. “Decidi prestar vestibular na FAU. Entrei em 1967, em plena ebulição estudantil nos tempos da ditadura”. Ali sua atenção se voltou para o planejamento urbano. “Mas hoje ando muito apaixonada pela agronomia, fazendo experiências de plantar frutas raras da mata atlântica, junto com profissionais de diversas origens que tentam recuperar uma gleba na região”. Com uma ponta de indignação, confessa: “Acho que as cidades estão ficando sem perspectivas de solução de seus problemas”.


Ermínia Maricato exibe espanto e indignação com os rumos de nossas políticas urbanas, seu objeto de estudo e área de atuação há quatro décadas. “Para mim, o centro de tudo é a questão da justiça social”, diz ela. Ou seja, de como as metrópoles brasileiras precisam deixar de ser expressão da secular discriminação contra os mais pobres.

quarta-feira, novembro 16, 2011

Entrevista com Roberto Leher – Governo avança no modelo de Universidade subordinado ao Banco Mundial

Do blog do Professor Christy Pato




Governo avança no modelo de universidade subordinado ao Banco Mundial
ESCRITO POR VALÉRIA NADER, do Correio da Cidadania
05-AGO-2010
Com exígua divulgação pela mídia, especialmente pelos grandes veículos, foi há alguns dias anunciado pelo governo o ‘Pacote de Autonomia Universitária’, através da MP 435/2010 e dos Decretos de nº. 7232, 7233 e 7234.
Esta é mais uma das medidas do governo Lula que, a partir de um olhar raso, pode levar às tão corriqueiras críticas dos setores mais conservadores, ressaltando uma suposta maior participação do Estado na economia, com conseqüente desperdício de recursos públicos. Conclusão a que estes setores chegariam com muita previsibilidade, uma vez incluídas em tal pacote medidas destinadas a contemplar parcialmente demandas estudantis e a, aparentemente, prover as universidades federais com maiores dotações orçamentárias.
Essas ilações não resistiriam, no entanto, a uma avaliação um pouco mais consistente, a qual faria emergir uma realidade oposta às conclusões restritas à abordagem fiscalista. Realidade ao mesmo tempo muito reveladora de um governo que, sob a aparência e a marca repisada da busca por justiça social, caminha muito sorrateiramente na consagração e aprofundamento do status quo, na imensa maioria de suas áreas de atuação.
E o que significa tal consagração e aprofundamento para o tema em questão, o chamado pacote de autonomia universitária? Ao contrário do que sugere o título do pacote, caminha-se no sentido oposto, em irrefutável rota de colisão relativamente à autonomia universitária. Institucionalizam-se as fundações privadas como lócus privilegiado para a gestão administrativa e financeira das universidades, através do famoso mecanismo das Parcerias Público Privadas, que nada mais são do que um artifício para a continuidade da privatização disfarçada do patrimônio público.
Roberto Leher, professor da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, nosso entrevistado especial, aprofunda a seguir sua visão sobre o novo pacote, associando-o à conjuntura econômica e política de um país que tem aprofundado sua inserção subordinada na economia mundial.

'Governo poderia ser um pouco mais ousado na crise', diz Pochmann

Por Carta Maior

Em entrevista à Carta Maior, presidente do Ipea, Marcio Pochmann, defende que país use fundo soberano para comprar ações de multinacionais e que, para salvar PIB, Banco Central acelere corte do juro. Para ele, economias ricas tornaram-se 'ocas' e, com piora da situação global, arrocho fiscal ficou exagerado e deveria diminuir. Juro real no Brasil deveria ser de 2%, afirma.

BRASÍLIA – Marcio Pochmann tem a voz mansa, baixa e o costume de abotoar a camisa social no pescoço sem usar gravata que fazem pensar que se está diante de um padre. Há quatro de seus 49 anos à frente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o gaúcho é uma hipótese na cabeça do autor de sua nomeação, o ex-presidente Lula, para disputar a prefeitura de Campinas, onde se doutorou em Ciência Econômica em 1993.

Em 18 anos de doutor, Pochmann viu o apogeu do neoliberalismo liderado pelo sistema financeiro e, hoje, assiste à (palavra dele) decadência do mundo rico. Pela primeira vez desde a crise de 1929, quem puxa a economia global são os países em desenvolvimento. O Brasil está na nova locomotiva. Mas, diz Pochmann, deveria ser mais ousado, para encurtar mais a mais depressa a diferença que separa o país do velho “primeiro mundo”. 

Por que não aproveita que algumas ações em bolsas mundo afora custam pouco e vira acionista de multinacionais? Participar da tomada de decisões que repercurtem no país é sempre benéfico. Por que não acelera o corte da taxa de juro do Banco Central e reduz o pagamento de juros da dívida pública? Se protegeria melhor dos efeitos de um cenário externo para lá de desalentador. 

sexta-feira, novembro 11, 2011

Seminário UECE - Desafios e Perspectivas


Frente ao descaso com que o Governador Cid Gomes vem conduzindo a sua política de educação, será realizado nos dias 01 e 02 de dezembro de 2011, no auditório central da UECE, o seminário "UECE - Desafios e Perspectivas". O evento contará com a formação de Grupos de Trabalhos que discutirão autonomia, democracia, pesquisa, ensino e extensão, propondo políticas para essa importante universidade.

Parabéns ao SindUece bem como aos coletivos estudantis que ajudam nas discussões por uma universidade PÚBLICA, GRATUITA e de QUALIDADE!

Avancemos camaradas!
http://www.sinduece.org.br/

quinta-feira, novembro 10, 2011

A prorrogação da DRU e os impactos na Previdência Social


Por Aquiles Melo

“Diante dessa avalanche de avaliações sombrias massificadas pela mídia, não é de se estranhar que pessoas comuns, políticos e até pessoas respeitáveis do meio acadêmico acreditem que é preciso, urgentemente, fazer a reforma da previdência para resolver um problema financeiro gravíssimo. O déficit, no entanto, não existe.


Sempre que a grande mídia se propõe a apresentar os problemas mais graves no Brasil a questão do “déficit” da previdência aparece como um dos mais lembrados. Segundo o Ministro da Previdência, Garibaldi Alves, o déficit da previdência em 2010 fechou em 93 bilhões de reais, sendo a maior parte dele (51 bilhões) devido à aposentadoria dos servidores públicos.

Junto a essa notícia, assistimos à aprovação da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), mecanismo criado no governo Itamar Franco que permite o governo utilizar livremente 20% da arrecadação de todos os tributos, mesmo os que tiverem vinculação obrigatória pela Constituição.

A pergunta que fazemos é: Existe alguma relação entre a DRU e o suposto “déficit” da previdência? A quem interessa prorrogar a DRU?

terça-feira, novembro 08, 2011

VII Encontro Internacional de Economia Solidária do NESOL-USP

Do Blog Marx21



Convidamos a todos para participar do VII Encontro Internacional de Economia Solidária do NESOL-USP. O evento ocorrerá nos dias 24, 25 e 26 de novembro de 2011 com espaço para a exposição e debate de trabalhos em Economia Solidária, nos dias 25 e 26.

domingo, novembro 06, 2011

Tariq Ali: precisamos de novas formações políticas


Do site: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18895



Lênin disse nunca haverá uma crise final do capitalismo a menos que surja uma alternativa. É absolutamente verdade. O capitalismo já passou antes por numerosas crises e as resolve, de um jeito ou de outro, com repressão. Mas passará por elas a menos que surja uma alternativa no âmbito nacional e global. Os movimentos dos jovens indignados são importantes, mas precisam dar um salto, que é a criação de novas formações políticas. A análise é de Tariq Ali, em entrevista a Al-Akhbar.

O historiador, novelista e ativista Tariq Ali, membro do Conselho Editorial deSin Permiso, falou com Firas Khatib para a revista al-Akhbar sobre os desafios que enfrentam as Revoltas Árabes, o futuro da política dos EUA no Oriente Médio depois da "retirada de tropas" do Iraque, e a importância da tomada de ruas e praças de cidades no mundo todo pelo atual movimento de dissenso.

Europa já tem 16 milhões sem emprego - Monitor Mercantil


Monitor Mercantil, 31/10/2011

A três dias da Cúpula do G20, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) advertiu que a economia mundial está prestes a viver um período de "recessão de novos empregos", atrasando a recuperação econômica global e com riscos de gerar conflitos sociais.

O alerta coincidiu com a divulgação de que, em setembro, o número de desempregados na Zona do Euro, saltou para 16,198 milhões, ou 10,2% da população economicamente ativa (PEA). É o maior índice desde janeiro de 1998, quando a série foi iniciada. De agosto para setembro, quase 190 mil postos de trabalho foram fechados, o maior aumento na comparação mensal desde 2009 para o período. "Não é à toa que os europeus estão indo em massa às ruas protestar contra as medidas de "austeridade". Ou seja, o cumprimento dos pacotes impostos por FMI, bancos e União Européia, que retiram direitos sociais para permitir o pagamento de uma questionável dívida", avalia o economista Rodrigo Ávila, da Auditoria Cidadã da Dívida.

sexta-feira, novembro 04, 2011

Mais sobre os novos rumos da Teoria Econômica

Por Aquiles Melo

O blog Marx21, do meu amigo Tomás Rotta, postou uma matéria apontando novos impactos da crise mundial nos rumos da Teoria Econômica. Trata-se de uma carta que os alunos do curso de graduação em Economia da Universidade de Harvard escreveram para o professor Gregory Mankiw, autor de vários e famosos manuais de introdução à economia. Na carta os estudantes colocam suas expectativas quanto ao curso de introdução à economia, como a construção de uma ampla base teórica que facilitaria o alcance de seus objetivos. No entanto afirmam, “encontramos um curso que defende uma determinada e limitada visão de economia que perpetua sistemas problemáticos e ineficientes de desigualdade econômica em nossa sociedade hoje.

Assim, a cada dia, a abertura das ciências econômicas para autores que divergem do mainstream economics se torna imprescindível para uma melhor compreensão da realidade.

Não deixem de conferir mais no blog Marx21.

quinta-feira, novembro 03, 2011

Por um novo rumo na Teoria Econômica

Por Aquiles Melo

Uma característica das crises econômicas é proporcionar uma reflexão entre seus teóricos sobre os (des)caminhos por onde andou a teoria econômica que não consegui prever e  evitar que o sistema entrasse em crise. Essa pergunta foi feita, por exemplo, por Paul Krugman após a crise financeira das hipotecas subprime em 2007. Krugman, prêmio Nobel de Economia em 2008, polemizou ao escrever o artigo How Did Economists Get It So Wrong?, onde inicia realizando uma crítica aos teóricos do mainstream economics na medida em que estes afirmavam que as distintas visões existentes na macroeconomia convergiram para um consenso e a prevenção de depressões já era coisa do passado.

segunda-feira, outubro 31, 2011

O Intempestivo... Um blog de Economia, Política e de Esquerda!


Intempestivo... Que vem em tempo inconveniente; Inoportuno; Inopinado...

O pensamento de esquerda, desde o colapso da economia socialista, vem convivendo com o estigma do inoportuno, do anacrônico, do intempestivo. O cenário econômico contemporâneo coloca novamente na ordem do dia todo um discurso que durante anos fizeram questão de emudecer, mas que agora, não mais conseguindo silenciá-lo, brada e ecoa por todos os cantos do planeta na forma de um intenso NÃO a toda essa ordem econômica estabelecida.

A recente crise econômica, que hoje abala o centro financeiro mundial, é o símbolo máximo da falência deste sistema. No entanto, este não cairá por si só. A construção de uma alternativa viável perpassa todo um complexo conjunto de estruturas que somente nós, enquanto atores sociais, temos condições de planejar, articular e executar.

No cenário nacional vivemos um momento de euforia. A inflexão à esquerda dos Governos Lula-Dilma dá sinais de uma recuperação do crescimento econômico sob uma lógica contrária à tese da eficiência dos mercados, bem como a de seu autocontrole. Agora o Estado assume um papel protagonista no desenvolvimento econômico e social. Contudo, esse papel vem sendo desempenhado sem um objetivo finalístico, qual seja, a implantação de uma sociedade socialista. Mesmo com os avanços alcançados, esse governo encontra-se estagnado no que concerne às reformas necessárias para a implantação desse novo projeto.

A proposta de O Intempestivo é justamente trazer em um momento “inconveniente, inoportuno” uma discussão há algum tempo adormecida e reunir o que há de mais avançado no pensamento de esquerda, de forma a que esse possa ganhar a concretude necessária para uma práxis transformadora, e romper o pragmatismo de gabinete instalado em muitos governos de esquerda que, por uma série de motivos, vem se desviando de suas bases e de seus compromissos históricos.

Iremos trabalhar com opiniões, análises de conjuntura nacional e internacional, divulgação de eventos e artigos científicos, bem como notícias envolvendo o mundo da Economia e Política, sempre numa perspectiva de esquerda.

Tudo isso porque acreditamos que a atualidade do pensamento de esquerda deve sempre ser demonstrada não somente através de suas profundas e ricas análises críticas que, muitas vezes, não conseguem alcançar uma dimensão prática ou através da redução a um praticismo revolucionário que fragmenta o debate e não consegue articular dialeticamente a unidade da diversidade. Reconstruir a dialética entre esses dois momentos é imperativo!

Convidamos tod@s a fazerem parte deste espaço de construção e discussão! Afinal, como já dizia o velho barbudo: “Os comunistas não se rebaixam a dissimular suas opiniões e seus fins. Proclamam abertamente que seus objetivos podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social existente. Que as classes dominantes tremam à idéia de uma revolução comunista! Os proletários nada têm a perder nela a não ser suas algemas. Têm um mundo a ganhar.

PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS!