quarta-feira, novembro 16, 2011

Entrevista com Roberto Leher – Governo avança no modelo de Universidade subordinado ao Banco Mundial

Do blog do Professor Christy Pato




Governo avança no modelo de universidade subordinado ao Banco Mundial
ESCRITO POR VALÉRIA NADER, do Correio da Cidadania
05-AGO-2010
Com exígua divulgação pela mídia, especialmente pelos grandes veículos, foi há alguns dias anunciado pelo governo o ‘Pacote de Autonomia Universitária’, através da MP 435/2010 e dos Decretos de nº. 7232, 7233 e 7234.
Esta é mais uma das medidas do governo Lula que, a partir de um olhar raso, pode levar às tão corriqueiras críticas dos setores mais conservadores, ressaltando uma suposta maior participação do Estado na economia, com conseqüente desperdício de recursos públicos. Conclusão a que estes setores chegariam com muita previsibilidade, uma vez incluídas em tal pacote medidas destinadas a contemplar parcialmente demandas estudantis e a, aparentemente, prover as universidades federais com maiores dotações orçamentárias.
Essas ilações não resistiriam, no entanto, a uma avaliação um pouco mais consistente, a qual faria emergir uma realidade oposta às conclusões restritas à abordagem fiscalista. Realidade ao mesmo tempo muito reveladora de um governo que, sob a aparência e a marca repisada da busca por justiça social, caminha muito sorrateiramente na consagração e aprofundamento do status quo, na imensa maioria de suas áreas de atuação.
E o que significa tal consagração e aprofundamento para o tema em questão, o chamado pacote de autonomia universitária? Ao contrário do que sugere o título do pacote, caminha-se no sentido oposto, em irrefutável rota de colisão relativamente à autonomia universitária. Institucionalizam-se as fundações privadas como lócus privilegiado para a gestão administrativa e financeira das universidades, através do famoso mecanismo das Parcerias Público Privadas, que nada mais são do que um artifício para a continuidade da privatização disfarçada do patrimônio público.
Roberto Leher, professor da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, nosso entrevistado especial, aprofunda a seguir sua visão sobre o novo pacote, associando-o à conjuntura econômica e política de um país que tem aprofundado sua inserção subordinada na economia mundial.

'Governo poderia ser um pouco mais ousado na crise', diz Pochmann

Por Carta Maior

Em entrevista à Carta Maior, presidente do Ipea, Marcio Pochmann, defende que país use fundo soberano para comprar ações de multinacionais e que, para salvar PIB, Banco Central acelere corte do juro. Para ele, economias ricas tornaram-se 'ocas' e, com piora da situação global, arrocho fiscal ficou exagerado e deveria diminuir. Juro real no Brasil deveria ser de 2%, afirma.

BRASÍLIA – Marcio Pochmann tem a voz mansa, baixa e o costume de abotoar a camisa social no pescoço sem usar gravata que fazem pensar que se está diante de um padre. Há quatro de seus 49 anos à frente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o gaúcho é uma hipótese na cabeça do autor de sua nomeação, o ex-presidente Lula, para disputar a prefeitura de Campinas, onde se doutorou em Ciência Econômica em 1993.

Em 18 anos de doutor, Pochmann viu o apogeu do neoliberalismo liderado pelo sistema financeiro e, hoje, assiste à (palavra dele) decadência do mundo rico. Pela primeira vez desde a crise de 1929, quem puxa a economia global são os países em desenvolvimento. O Brasil está na nova locomotiva. Mas, diz Pochmann, deveria ser mais ousado, para encurtar mais a mais depressa a diferença que separa o país do velho “primeiro mundo”. 

Por que não aproveita que algumas ações em bolsas mundo afora custam pouco e vira acionista de multinacionais? Participar da tomada de decisões que repercurtem no país é sempre benéfico. Por que não acelera o corte da taxa de juro do Banco Central e reduz o pagamento de juros da dívida pública? Se protegeria melhor dos efeitos de um cenário externo para lá de desalentador. 

sexta-feira, novembro 11, 2011

Seminário UECE - Desafios e Perspectivas


Frente ao descaso com que o Governador Cid Gomes vem conduzindo a sua política de educação, será realizado nos dias 01 e 02 de dezembro de 2011, no auditório central da UECE, o seminário "UECE - Desafios e Perspectivas". O evento contará com a formação de Grupos de Trabalhos que discutirão autonomia, democracia, pesquisa, ensino e extensão, propondo políticas para essa importante universidade.

Parabéns ao SindUece bem como aos coletivos estudantis que ajudam nas discussões por uma universidade PÚBLICA, GRATUITA e de QUALIDADE!

Avancemos camaradas!
http://www.sinduece.org.br/

quinta-feira, novembro 10, 2011

A prorrogação da DRU e os impactos na Previdência Social


Por Aquiles Melo

“Diante dessa avalanche de avaliações sombrias massificadas pela mídia, não é de se estranhar que pessoas comuns, políticos e até pessoas respeitáveis do meio acadêmico acreditem que é preciso, urgentemente, fazer a reforma da previdência para resolver um problema financeiro gravíssimo. O déficit, no entanto, não existe.


Sempre que a grande mídia se propõe a apresentar os problemas mais graves no Brasil a questão do “déficit” da previdência aparece como um dos mais lembrados. Segundo o Ministro da Previdência, Garibaldi Alves, o déficit da previdência em 2010 fechou em 93 bilhões de reais, sendo a maior parte dele (51 bilhões) devido à aposentadoria dos servidores públicos.

Junto a essa notícia, assistimos à aprovação da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), mecanismo criado no governo Itamar Franco que permite o governo utilizar livremente 20% da arrecadação de todos os tributos, mesmo os que tiverem vinculação obrigatória pela Constituição.

A pergunta que fazemos é: Existe alguma relação entre a DRU e o suposto “déficit” da previdência? A quem interessa prorrogar a DRU?

terça-feira, novembro 08, 2011

VII Encontro Internacional de Economia Solidária do NESOL-USP

Do Blog Marx21



Convidamos a todos para participar do VII Encontro Internacional de Economia Solidária do NESOL-USP. O evento ocorrerá nos dias 24, 25 e 26 de novembro de 2011 com espaço para a exposição e debate de trabalhos em Economia Solidária, nos dias 25 e 26.

domingo, novembro 06, 2011

Tariq Ali: precisamos de novas formações políticas


Do site: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18895



Lênin disse nunca haverá uma crise final do capitalismo a menos que surja uma alternativa. É absolutamente verdade. O capitalismo já passou antes por numerosas crises e as resolve, de um jeito ou de outro, com repressão. Mas passará por elas a menos que surja uma alternativa no âmbito nacional e global. Os movimentos dos jovens indignados são importantes, mas precisam dar um salto, que é a criação de novas formações políticas. A análise é de Tariq Ali, em entrevista a Al-Akhbar.

O historiador, novelista e ativista Tariq Ali, membro do Conselho Editorial deSin Permiso, falou com Firas Khatib para a revista al-Akhbar sobre os desafios que enfrentam as Revoltas Árabes, o futuro da política dos EUA no Oriente Médio depois da "retirada de tropas" do Iraque, e a importância da tomada de ruas e praças de cidades no mundo todo pelo atual movimento de dissenso.

Europa já tem 16 milhões sem emprego - Monitor Mercantil


Monitor Mercantil, 31/10/2011

A três dias da Cúpula do G20, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) advertiu que a economia mundial está prestes a viver um período de "recessão de novos empregos", atrasando a recuperação econômica global e com riscos de gerar conflitos sociais.

O alerta coincidiu com a divulgação de que, em setembro, o número de desempregados na Zona do Euro, saltou para 16,198 milhões, ou 10,2% da população economicamente ativa (PEA). É o maior índice desde janeiro de 1998, quando a série foi iniciada. De agosto para setembro, quase 190 mil postos de trabalho foram fechados, o maior aumento na comparação mensal desde 2009 para o período. "Não é à toa que os europeus estão indo em massa às ruas protestar contra as medidas de "austeridade". Ou seja, o cumprimento dos pacotes impostos por FMI, bancos e União Européia, que retiram direitos sociais para permitir o pagamento de uma questionável dívida", avalia o economista Rodrigo Ávila, da Auditoria Cidadã da Dívida.