sexta-feira, novembro 04, 2011

Mais sobre os novos rumos da Teoria Econômica

Por Aquiles Melo

O blog Marx21, do meu amigo Tomás Rotta, postou uma matéria apontando novos impactos da crise mundial nos rumos da Teoria Econômica. Trata-se de uma carta que os alunos do curso de graduação em Economia da Universidade de Harvard escreveram para o professor Gregory Mankiw, autor de vários e famosos manuais de introdução à economia. Na carta os estudantes colocam suas expectativas quanto ao curso de introdução à economia, como a construção de uma ampla base teórica que facilitaria o alcance de seus objetivos. No entanto afirmam, “encontramos um curso que defende uma determinada e limitada visão de economia que perpetua sistemas problemáticos e ineficientes de desigualdade econômica em nossa sociedade hoje.

Assim, a cada dia, a abertura das ciências econômicas para autores que divergem do mainstream economics se torna imprescindível para uma melhor compreensão da realidade.

Não deixem de conferir mais no blog Marx21.

quinta-feira, novembro 03, 2011

Por um novo rumo na Teoria Econômica

Por Aquiles Melo

Uma característica das crises econômicas é proporcionar uma reflexão entre seus teóricos sobre os (des)caminhos por onde andou a teoria econômica que não consegui prever e  evitar que o sistema entrasse em crise. Essa pergunta foi feita, por exemplo, por Paul Krugman após a crise financeira das hipotecas subprime em 2007. Krugman, prêmio Nobel de Economia em 2008, polemizou ao escrever o artigo How Did Economists Get It So Wrong?, onde inicia realizando uma crítica aos teóricos do mainstream economics na medida em que estes afirmavam que as distintas visões existentes na macroeconomia convergiram para um consenso e a prevenção de depressões já era coisa do passado.

segunda-feira, outubro 31, 2011

O Intempestivo... Um blog de Economia, Política e de Esquerda!


Intempestivo... Que vem em tempo inconveniente; Inoportuno; Inopinado...

O pensamento de esquerda, desde o colapso da economia socialista, vem convivendo com o estigma do inoportuno, do anacrônico, do intempestivo. O cenário econômico contemporâneo coloca novamente na ordem do dia todo um discurso que durante anos fizeram questão de emudecer, mas que agora, não mais conseguindo silenciá-lo, brada e ecoa por todos os cantos do planeta na forma de um intenso NÃO a toda essa ordem econômica estabelecida.

A recente crise econômica, que hoje abala o centro financeiro mundial, é o símbolo máximo da falência deste sistema. No entanto, este não cairá por si só. A construção de uma alternativa viável perpassa todo um complexo conjunto de estruturas que somente nós, enquanto atores sociais, temos condições de planejar, articular e executar.

No cenário nacional vivemos um momento de euforia. A inflexão à esquerda dos Governos Lula-Dilma dá sinais de uma recuperação do crescimento econômico sob uma lógica contrária à tese da eficiência dos mercados, bem como a de seu autocontrole. Agora o Estado assume um papel protagonista no desenvolvimento econômico e social. Contudo, esse papel vem sendo desempenhado sem um objetivo finalístico, qual seja, a implantação de uma sociedade socialista. Mesmo com os avanços alcançados, esse governo encontra-se estagnado no que concerne às reformas necessárias para a implantação desse novo projeto.

A proposta de O Intempestivo é justamente trazer em um momento “inconveniente, inoportuno” uma discussão há algum tempo adormecida e reunir o que há de mais avançado no pensamento de esquerda, de forma a que esse possa ganhar a concretude necessária para uma práxis transformadora, e romper o pragmatismo de gabinete instalado em muitos governos de esquerda que, por uma série de motivos, vem se desviando de suas bases e de seus compromissos históricos.

Iremos trabalhar com opiniões, análises de conjuntura nacional e internacional, divulgação de eventos e artigos científicos, bem como notícias envolvendo o mundo da Economia e Política, sempre numa perspectiva de esquerda.

Tudo isso porque acreditamos que a atualidade do pensamento de esquerda deve sempre ser demonstrada não somente através de suas profundas e ricas análises críticas que, muitas vezes, não conseguem alcançar uma dimensão prática ou através da redução a um praticismo revolucionário que fragmenta o debate e não consegue articular dialeticamente a unidade da diversidade. Reconstruir a dialética entre esses dois momentos é imperativo!

Convidamos tod@s a fazerem parte deste espaço de construção e discussão! Afinal, como já dizia o velho barbudo: “Os comunistas não se rebaixam a dissimular suas opiniões e seus fins. Proclamam abertamente que seus objetivos podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social existente. Que as classes dominantes tremam à idéia de uma revolução comunista! Os proletários nada têm a perder nela a não ser suas algemas. Têm um mundo a ganhar.

PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS!