Uma característica
das crises econômicas é proporcionar uma reflexão entre seus teóricos sobre os
(des)caminhos por onde andou a teoria econômica que não consegui prever e evitar que o sistema entrasse em crise. Essa
pergunta foi feita, por exemplo, por Paul Krugman após a crise financeira das
hipotecas subprime em 2007. Krugman,
prêmio Nobel de Economia em 2008, polemizou ao escrever o artigo How Did Economists Get It So Wrong?,
onde inicia realizando uma crítica aos teóricos do mainstream economics na medida em que estes
afirmavam que as distintas visões existentes na macroeconomia convergiram para
um consenso e a prevenção de depressões já era coisa do passado.
quinta-feira, novembro 03, 2011
Por um novo rumo na Teoria Econômica
Por Aquiles Melo
segunda-feira, outubro 31, 2011
O Intempestivo... Um blog de Economia, Política e de Esquerda!
Intempestivo... Que vem em tempo
inconveniente; Inoportuno; Inopinado...
O pensamento de esquerda, desde o colapso da
economia socialista, vem convivendo com o estigma do inoportuno, do anacrônico,
do intempestivo. O cenário econômico contemporâneo coloca novamente na ordem do
dia todo um discurso que durante anos fizeram questão de emudecer, mas que
agora, não mais conseguindo silenciá-lo, brada e ecoa por todos os cantos do
planeta na forma de um intenso NÃO a toda essa ordem econômica estabelecida.
A recente crise econômica, que hoje abala o centro
financeiro mundial, é o símbolo máximo da falência deste sistema. No entanto,
este não cairá por si só. A construção de uma alternativa viável perpassa todo
um complexo conjunto de estruturas que somente nós, enquanto atores sociais,
temos condições de planejar, articular e executar.
No cenário nacional vivemos um momento de euforia.
A inflexão à esquerda dos Governos Lula-Dilma dá sinais de uma recuperação do
crescimento econômico sob uma lógica contrária à tese da eficiência dos
mercados, bem como a de seu autocontrole. Agora o Estado assume um papel
protagonista no desenvolvimento econômico e social. Contudo, esse papel vem
sendo desempenhado sem um objetivo finalístico, qual seja, a implantação de uma
sociedade socialista. Mesmo com os avanços alcançados, esse governo encontra-se
estagnado no que concerne às reformas necessárias para a implantação desse novo
projeto.
A proposta de O
Intempestivo é justamente trazer em um momento “inconveniente, inoportuno”
uma discussão há algum tempo adormecida e reunir o que há de mais avançado no
pensamento de esquerda, de forma a que esse possa ganhar a concretude
necessária para uma práxis
transformadora, e romper o pragmatismo de gabinete instalado em muitos governos
de esquerda que, por uma série de motivos, vem se desviando de suas bases e de
seus compromissos históricos.
Iremos trabalhar com opiniões, análises de
conjuntura nacional e internacional, divulgação de eventos e artigos
científicos, bem como notícias envolvendo o mundo da Economia e Política, sempre
numa perspectiva de esquerda.
Tudo isso porque acreditamos que a atualidade do
pensamento de esquerda deve sempre ser demonstrada não somente através de suas
profundas e ricas análises críticas que, muitas vezes, não conseguem alcançar
uma dimensão prática ou através da redução a um praticismo revolucionário que
fragmenta o debate e não consegue articular dialeticamente a unidade da
diversidade. Reconstruir a dialética entre esses dois momentos é imperativo!
Convidamos tod@s a fazerem parte deste espaço de
construção e discussão! Afinal, como já dizia o velho barbudo: “Os comunistas
não se rebaixam a dissimular
suas opiniões
e seus fins .
Proclamam abertamente que seus objetivos só
podem ser alcançados pela
derrubada violenta
de toda a ordem
social existente. Que
as classes dominantes
tremam à idéia de uma revolução comunista !
Os proletários nada
têm a perder nela a não
ser suas algemas.
Têm um mundo
a ganhar .
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