Acaba de sair mais um número dos relatórios do
RMF –
RESEARCH ON MONEY AND FINANCE sobre a crise na Europa. Ligado ao Departamento de Economia da Escola de
Estudos Orientais e Africanos (School of Oriental and African Studies) da
Universidade de Londres, este grupo congrega uma rede de pesquisadores que
estudam e analisam as transformações do sistema monetário e financeiro mundial.

Formado principalmente por marxistas
como Costas Lapavitsas, Paulo L dos Santos , Diego Guerrero, Makoto Itoh, Juan Pablo Paincera, além
de outros importantes pesquisadores, esse grupo contraria o mainstream financial economics e objetiva
contribuir com idéias que possam transformar o sistema monetário e financeiro
internacional a favor da classe trabalhadora. Seu princípio orientador é
que a provisão pública e coletiva deve dar lugar ao mau
funcionamento dos mecanismos privados e individuais de dinheiro e
finanças. Sem medo de errar, dentro da economia política marxista, esse grupo possui
os estudos mais aprofundados da área, trazendo sempre novidades em teoria
econômica, economia política internacional e macroeconomia marxista. Disponibilizarei
posteriormente vários artigos desse grupo na nossa parte de publicações.
Aguardem.
No terceiro e mais recente
relatório, Novembro de 2011, os autores já trabalham com uma análise propositiva para a saída da crise atual.
Com título
sugestivo: Breaking Up? A Route Out of the Eurozone Crisis esse relatório aponta alternativas a serem adotadas pelos países em crise que
contrariam a lógica ortodoxa da economia. Para essa saída, necessário seria: “
adotar um amplo programa econômico e
social, incluindo controles e redistribuição de capitais, uma política industrial, e
uma profunda reestruturação do Estado. O objetivo seria
alterar o equilíbrio de poder em favor do trabalho, ao mesmo
tempo colocando o país no caminho do crescimento sustentável e baixo
desemprego. Não menos importante, a independência nacional
também seria protegida.”